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segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Castlevania -(Especial )

Castlevania, ou Akumajou Dracula em japonês (traduzido seria algo como “Castelo demoníaco de Drácula”) é uma das séries mais famosas e presente no maior número de consoles até hoje. Surgiu da cabeça de Koji Igarashi (que tem o curioso hábito de se vestir igual ao Indiana Jones) no ano de 1986.
A popular série teve seu inicio em uma plataforma não tão popular, o Famicom Disk System, um acessório para NES, exclusivo do Japão e que executava jogos à partir de “poderosos” disquetes. Foi lançado em 26 de setembro de 1986 e fez bastante sucesso, levando em consideração a plataforma que não era tão popular. Em 30 de outubro do mesmo ano, na véspera do dia das bruxas, o MSX2 ganhou sua versão de Akumajou Dracula, mas agora atravessando as fronteiras do Japão e desembarcando na Europa e também em terras tupiniquins (é, naquela época dava-se mais atenção ao Brasil). Akumajou Dracula não seria um nome muito fácil de se lembrar, decorar ou entender no ocidente, então o game ganhou um nome mais direto sobre o que se trata: Vampire Killer. Mesmo assim a estratégia não funcionou muito bem e o jogo não ficou popular fora do Japão.


Mas em 1987 foi lançado em cartucho para o super popular NES, atingindo em cheio o mercado Norte-Americano. A franquia agora recebia um nome mais impactante: Castlevania, mas mantinha-se como Akumajou Dracula no Japão.
Embora a versão do MSX fosse superior a do NES ela não conseguiu ser superior em vendas e receptividade, sendo que a popularidade que Castlevania conseguiu no NES, fez com que se transformasse imediatamente em referência de jogos de plataforma/ação side-scrolling.
O enredo da série não é dos mais originais, chegando a ser um grande clichê, mas mesmo clichês funcionam bem muitas vezes. Um fato que ajudou é que filmes trash de terror, alguns sobre vampiros (não confunda com os vampiros purpurina atuais, seria uma blasfêmia) eram bastante populares na época. A estória de Castlevania foi baseada no famoso romance “Dracula”, do irlandês Bram Stoker, mas incluindo várias criaturas míticas e folclóricas como múmias, lobisomens, górgonas, entre outras (faltou o Saci), virando uma grande mistura no final. Apesar de parecer extremamente tosco (e foi) todos esses elementos foram inseridos relativamente bem no jogo e a cada nova versão a estória ficava mais complexa e encaixava melhor algumas dessas criaturas.
O jogo praticamente resume-se na aventura de Simon Belmont, um caçador de vampiros munido de um chicote, que deve atravessar um gigantesco castelo afim de exterminar o maligno Drácula. No caminho ele deve enfrentar diversos inimigos e sobreviver as armadilhas do castelo.
A série sempre manteve algumas características como, por exemplo a presença do clã Belmont, a arma principal do jogo que geralmente é o chicote “Vampire Killer”, e de alguns inimigos que estão presentes na maioria dos jogos como zumbis, morcegos, medusas, “Frankeinteins”, o Ceifador (a Morte) e obviamente Drácula.


Em 1988 Castlevania ganhou sua primeira sequência, com o subtitulo de Simon's Quest. A estória aqui é a seguinte: Antes de morrer, Dracula lançou uma maldição sobre Simon Belmont. A maldição fazia com que ele morresse lentamente. A única forma de se livrar da maldição seria Simon ressuscitar Drácula e matá-lo novamente. O problema é que os súditos de Drácula dividiram seu corpo em cinco partes e espalharam pelo castelo, logo, Simon teria que percorrer todo o castelo, montar os pedaços do Lego-Drácula e matá-lo de novo para enfim se livrar da maldita maldição.
Ainda em 1988 foi lançado Haunted Castle, um remake para Arcade do primeiro Castlevania e em 1989 surgia the Castlevania Adventure, para Game Boy, o primeiro Castlevania para um portátil e extremamente ruim.
Em 1990 chegava Castlevania III: Dracula's Curse. Este se passa antes dos acontecimentos do primeiro Castlevania e o protagonista agora é Trevor Belmont, um ancestral de Simon.
Neste jogo, surgiram diversas características que foram mantidas até nos jogos atuais e também foi o primeiro jogo onde apareceu o famoso personagem Alucard, um dos principais e mais marcantes da série.
Com o lançamento do Super Nintendo e Mega Drive vieram também diversos novos jogos da série, e podemos também considerar este como um dos melhores momentos de Castlevania.
Vários jogos excelentes como Super Castlevania IV, Castlevania: Dracula X e Castlevania Bloodlines foram lançados para estes consoles. Um excelente jogo também lançado nesta época, mas que não ficou tão conhecido principalmente por causa de sua plataforma foi Castlevania: Rondo of Blood que seria uma versão de Dracula X para PC Engine.




Em 1997 aconteceu uma mudança importantíssima para a série, entrava para a equipe de desenvolvimento Ayami Kojima, que apesar do nome e de trabalhar na mesma empresa não possui nenhuma ligação com o famoso Hideo Kojima. Graças à ela, a franquia ganhava novos traços, passando agora para um estilo gótico, mais sombrio e mais maduro.
O seu primeiro trabalho na série surgiu em Castlevania: Symphony of the Night, que para muitos fãs continua sendo o melhor Castlevania até hoje. Além de belíssimos gráficos, o jogo possui uma trilha sonora emocionante e muito bem colocada, excelente dublagem, excelente gameplay e uma estória envolvente.
Assim como todos grandes jogos da época, Castlevania também ingressou no 3D. Em 1999 foi lançado Castlevania 64 para o finado Nintendo 64. O jogo descaracterizou a série e possuía uma jogabilidade ruim que não agradou os fãs. Mesmo assim, recebeu uma continuação o Legacy of Darkness também para N64 e mantinha-se tão ruim quanto o primeiro.
Então quando tudo parecia ir mal, a franquia ressurge com três grandes jogos para Game Boy Advance: Castlevania: Circle of Moon, Castlevania: Harmony of Dissonance e Castlevania: Aria of Sorrow que também foram desenhados por Ayami Kojima.
Em 2003 foi lançado para o PlayStation 2 o que pode ser considerado como o primeiro Castlevania 3D descente: Castlevania: Lamment of Innocence. Este apresentava gráficos soberbos, boa jogabilidade e um bom desafio. Em 2005, o Playstation 2 e agora também o Xbox ganharam mais uma sequência, chamada Castlevania: Curse of Darkness que seguia a mesma linha do Lamment of Innocence.
Também em 2005 chegava a vez do Nintendo DS ganhar suas versões de Castlevania que foram Castlevania: Dawn of Sorrow, uma continuação da estória de Aria of Sorrow do GBA, Castlevania: Portrait of Ruin em 2006 onde o jogador controla dois personagens simultaneamente e em 2008 chegava Castlevania: Order of Ecclesia.
Em uma empreitada mais ousada, Castlevania sai do estilo de jogos plataforma e parte para uma mal-sucedida tentativa de ingressar em jogos de luta com Castlevania Judgement lançado para Wii em 2008. Além de não combinar em nada com este estilo de jogo, a série foi completamente descaracterizada sendo que agora Takeshi Obata, o desenhista de Death Note desenhou os personagens deste jogo, tornando-o uma mistura grotesca entre Castlevania e Death Note (talvez um Deathvania ou CastleNote???).
Finalmente, no ano de 2010 aguardamos dois jogos anunciados, Castlevania: Lords of Shadows para PlayStation 3 e Xbox 360 que pelo anúncio na última E3 irá dar um reboot na série. E também foi anunciado para Wii Castlevania Adventure Rebirth, baseado no fracassado jogo do Game Boy de 1989.


Conclusão
Mesmo usando diversos clichês, o saturado tema sobre vampiros e alguns jogos muito ruins, Castlevania foi e ainda é um grande jogo que conseguiu inovar em diversos pontos de sua tragetória. Jogos como Vampire Killer, Dracula X, Super Castlevania IV, Rondo of Blood, e Symphony of the Night são verdadeiras obras de arte, são aqueles jogos que conseguem transportar o jogador para um outro mundo.
Uma série tão boa que continua forte mesmo após vinte e três anos e consegue se manter como um dos jogos mais aguardados desta geração. Isto é Castlevania.

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